Medida da Precipitação
A medida da precipitação é de grande utilidade na propriedade agrícola, pois a chuva constitui-se
na principal fonte de água às culturas.
A medida é bastante simples, sendo feita com uso do pluviômetro.
Os tipos comerciais mais comuns são o Ville de Paris (Figura 3), o Paulista e o tipo Hellmann
Pluviômetros Ville de Paris (esquerda), Paulista (centro) e de Helmann (direita).
Um pluviômetro é um coletor de água, mas nem todo coletor é um pluviômetro.
Nesse sentido,
REICHARDT (1986) recomenda diâmetros da seção de captação D variando de 15 a 50 cm.
Alguns
autores recomendam valores de D entre 8 e 30 cm.
• Altura de lâmina d’água (h)
A
V
h = 10 ⋅ (1)
onde h altura de chuva (mm); V = volume de água coletado (ml) ou (cm3
), sendo 1 ml = 1 cm3
; A =
área da seção de captação de água (cm2
).
• Intensidade de chuva (I)
t
h
I
∆
= (2)
FUNDAMENTOS DE METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Prof. Aureo S. de Oliveira – NEAS/UFRB
Capítulo X – Precipitação Pluviométrica
Do ponto de vista da intensidade, as chuvas podem ser (REICHARDT, 1986):
Chuva fraca: até 2,5 mm/h. Constitui-se de gotas isoladas, facilmente identificáveis.
Neste grupo
tem-se a garoa – precipitação uniforme, de gotículas de diâmetro inferior a 0,5 mm e muito numerosas.
Chuva moderada: de 2,5 a 7,5 mm/h.
As gotas isoladas são dificilmente observáveis.
Formação
relativamente rápida de poças dágua.
Chuva forte: intensidade superior a 7,5 mm/h.
A chuva parece cair em lençóis, não sendo
possível identificar gotas isoladas.
Observa-se formação rápida de poças dágua.
A visibilidade é
prejudicada.
Além do pluviômetro, utiliza-se também para medir a precipitação o pluviógrafo.
Este
instrumento registra a quantidade de chuva com o tempo, num gráfico denominado pluviograma.
Portanto, pode-se obter diretamente de um pluviograma informações sobre altura de chuva instantânea,
altura de chuva durante qualquer intervalo de tempo menor ou igual a 24 h, e indiretamente informações
sobre a intensidade de chuva nos mesmos intervalos de tempo mencionados anteriormente.
Precipitação Pluviométrica
Figura 5 – Parte de pluviograma usado.
A linha A-B corresponde a uma sifonagem; as horas estão
indicadas no alto; a escala vertical está em milímetros pluviométricos. (Fonte: VAREJÃOSILVA,
2001).
5.
Precipitação Média – Método de Thiessen
A chuva média numa determinada área, onde mais de um pluviômetro é instalado é obtida pode ser
obtida pela média aritmética ou pela média ponderada das alturas de chuva obtidas nos diferentes
coletores.
Nesse último caso, o fator de ponderação é a área de influência de cada pluviômetro.
Esta é a
essência do método de Thiessen.
Este método é freqüentemente utilizado em áreas de grande extensão,
como as bacias hidrográficas.
Assim se n é o número total de subáreas de influência dos coletores, a média ponderada das alturas
de chuva é dada pela equação 3:
( )
∑
∑ ⋅
=
= = n
i
i
n
i
A
i
A i
h
h
1
1
(3)
onde h = altura de chuva (mm), A = área de influência do coletor (km2
), i = número de ordem da
subárea de influência do coletor e n = número total de subáreas, em que área em estudo foi dividida
pela aplicação.
6. Precipitação Efetiva
A precipitação efetiva (Pe) é um conceito desenvolvido para caracterizar a fração da precipitação
total que fica à disposição das plantas, quando a mesma ocorre sobre uma área cultivada.
É um
importante conceito quando em regiões onde se pratica irrigação, pois a Pe deve ser levada em conta na
contabilização da quantidade de água aplicada à cultura.
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